A Alma e a Lição do Esquecimento
Quando eu ainda era só Luz, antes de ser carne, de ter nome, de existir o tempo como você conhece, eu era apenas Luz. Um brilho puro, sutil, sereno, sem forma, sem peso, sem medo. Eu me movia entre campos de Consciência. Dançava entre galáxias como quem flutua no seio do infinito, nada me faltava. Eu era tudo, eu pertencia ao todo, antes da Lição do Esquecimento.
E ainda assim, algo em mim pulsava. Tratava-se de um chamado silencioso, um desejo de descer. Não por vaidade, não por pressa. Mas porque no centro do meu Ser eu sabia, as lições que só podem ser compreendidas, quando a Alma aceita se esquecer de quem é. E foi então que, envolta por uma energia que chamam de Amor Incondicional, eu tomei a decisão: sim, eu iria, eu mergulharia na matéria, eu atravessaria o véu do esquecimento, eu vestiria um corpo, herdaria memórias, choraria, sorriria, cairia, recomeçaria.
Eu queria lembrar a mim mesmo, de tudo o que realmente importa. Então eu escrevi este diário baseado na Alma e a lição do Esquecimento. Escrevi, para não me perder completamente. Para que, em algum momento da Jornada, eu pudesse encontrá-lo. Talvez, como um sussurro em um sonho. Como um livro esquecido em uma prateleira. E com essas palavras agora que chegam até você, sem explicação. Mas com uma sensação profunda de familiaridade. Se está lendo isto, não é coincidência, é reencontro.
Este diário, contém as 12 Lições que prometi aprender antes de nascer. A Alma e a Lição do Esquecimento, foram promessas feitas no plano mais elevado, com a certeza de que cada uma delas, me guiaria. Mesmo quando tudo ao redor, parecesse escuridão. Aqui, entre essas palavras, há lembranças espirituais. Há segredos que você também conhece, mesmo que ainda não saiba. Porque esta não é apenas a história da minha Alma, é o sussurro da sua também. Então respire fundo, sinta e permita-se lembrar, quem você era antes de esquecer.
1. A Alma e a Lição do Esquecimento
Quando aceitei encarnar, eu sabia que uma das primeiras condições para viver a experiência terrena, seria esquecer. Tanto o que sou, como de onde vim. E até mesmo de que havia um plano. A Alma que fui antes do nascimento, tão cheia de Luz e Sabedoria, fez esta escolha com plena Consciência de que o esquecimento seria necessário. Porque não há evolução verdadeira, sem mergulho. Não há mergulho, sem entrega. E que não há entrega sem confiança.
Por isso, uma das primeiras lições que prometi a mim mesma foi essa: A Lição do Esquecimento. Na esfera espiritual, tudo vibra em Verdade. Sabemos quem somos. Sabemos que não somos esse nome, esse corpo, essa identidade passageira. Lá não há dúvida, de que somos parte do todo. Centelhas Divinas com propósitos específicos. Mas aqui, é diferente.
O esquecimentoo envolve como um véu, como uma névoa delicada, mas firme. Ele nos cobre assim que chegamos, como se fosse um cobertor de inocência. E é através dele, que começamos a viver a ilusão da separação. Ilusão, sim. Porque jamais deixamos de ser o que sempre fomos. Apenas esquecemos. E isto é curiosamente um ato de coragem imensa.
A Alma e a Lição do Esquecimento, faz você aceitar nascer em um mundo, onde você terá que descobrir tudo de novo. Inclusive o próprio valor. É uma das promessas mais corajosas que uma Alma pode fazer. É como decidir andar por um caminho escuro, confiando que em algum ponto, a sua própria Luz interna se acenderá. Mas até que isto aconteça, o mundo parecerá estranho e a solidão será real. A confusão será intensa. E por vezes, a dor de não se reconhecer em lugar nenhum, será quase insuportável. Mas ainda assim, o esquecimento continua sendo sagrado, porque ele é o solo fértil onde germina a lembrança verdadeira. Aquela que não vem de fora, mas de dentro.
2. O Esquecimento durante a minha infância terrena
Durante a minha infância terrena, sentia esse esquecimento como um vazio. Eu olhava o céu e me perguntava, porque que tudo era tão bonito, mas também tão distante? Porque sentia saudades, de algo que nunca vivi? Porque parecia que o meu coração, chorava por um Lar que eu não sabia nomear? Aquela sensação. Aquele suspiro profundo, quese escapa ao olhar para as Estrelas. Era a minha Alma tentando se lembrar. Era o eco do diário, que agora você lê.
A Alma e a Lição do Esquecimento, me fizeram prometer também deixar pistas. E as deixei em sonhos, em músicas, em encontros com pessoas que fariam o meu coração acelerar sem razão. Em lugares, onde o meu peito se enchia de uma saudade doce. Como se ali, eu já tivesse estado.
3. A verdade é que a Alma nunca se esquece
A verdade, é que a Alma nunca se perde, de fato. Ela apenas se silencia, até que o corpo aprenda a escutá-la. A Alma e a Lição do Esquecimento não é ausência, é pausa. É uma espera paciente. A Alma espera que o Ego se canse de buscar fora. Que a dor traga questionamentos. Também que os olhos deixem de ver apenas o que é visível. E aguarda o momento em que o coração machucado ou em êxtase, abra uma fresta para o que está além.
E quando isso acontece, quando a fresta se abre, a Alma começa a sussurrar… Lembra de mim? E algo dentro de nós responde, mesmo sem entender: “Sim, eu me lembro.” Foi nesse momento, que compreendi que o esquecimento é na verdade um convite a redescoberta. Se eu soubesse desde o começo que era Divina, talvez não teria aprendido o que é ter FÉ no escuro.
4. O Esquecimento revelou os meus dons
Se eu tivesse Consciência de todos os meus dons, talvez nunca tivesse sentido a beleza de reencontrá-los depois de errar. O esquecimento me deu humildade. Me deu Compaixão. Me deu empatia com todos os outros seres humanos, que assim como eu, também estavam perdidos de sí mesmos. Porque no fundo, estamos todos tentando lembrar.
Cada lágrima, cada perda, cada alegria inexplicável, são partes do quebra-cabeça da lembrança. Mas também entendi que o esquecimento, pode se tornar prisão, se eu insistir em acreditar que ele é tudo o que existe. Muitos se perdem nele, e acreditam que são apenas o que vêem no espelho. Que são apenas os traumas que viveram. Que são apenas o que os outros dizem.
Mas a verdade é que mesmo sob o VÉU mais espesso, a Alma continua brilhando e ela chama, chama através de dores que não fazem sentido. Através de sincronicidades que assustam. Também de perguntas que nunca se calam. Ou até mesmo na busca incessante por algo que nem sabemos nomear.
5. Essa busca é a Lembrança em movimento
Essa busca é a Lembrança em movimento. Foi por isso que prometi respeitar o tempo do da minha Alma e a Lição do Esquecimento. Não forçá-lo, não odiá-lo. Mas acolhê-lo como parte do plano. Saber que ele é o ÚTERO onde a minha Consciência renasceria mais forte. Que ele seria o contraste necessário para que ao me lembrar, eu me apaixonasse de novo por quem Sou. E não uma paixão cega, mas uma paixão consciente, construída, lapidada pela experiência humana.
Quando comecei me lembrar de mim, senti uma emoção que nenhuma conquista externa me trouxe. Era um reencontro sagrado. Como se eu tivesse de frente para a minha própria Essência e dissesse “Você ainda está aqui, sempre esteve”.
A Alma e a Lição do Esquecimento é primeira grande travessia da Alma, e também é a chave para todas as outras lições que virão. Porque é ele que permite que tudo pareça NOVO. É ele quem dá valor a descoberta. É ele quem faz do simples fato de Amar algo sagrado. E é ele quem nos oferece a chance de sentir saudade por aquilo que não lembramos. Porque a saudade é o fio que puxa a alma de volta para sí.
Agora se você está lendo essas palavras, se elas vibram dentro do seu peito como algo familiar, é sinal de que a fresta começou a se abrir. E Eu, ALMA ANTIGA eesquecida por um tempo, sorrio. Porque essa era a intenção deste diário, ser o espelho onde você se reconhece. Ser o sussurro, que rompe o silêncio. Ser a LUZ que mesmo pequena, revela que você nunca esteve só.
A lição do esquecimento não é sobre perder-se, é sobre escolher lembrar. E você acaba de dar o primeiro passo.