A Alma e a Lição da Dor
A Alma e a Lição da Dor, acontece antes de você descer à Terra. De você vestir o corpo que o tornaria visível, eu estava envolto em Paz. Tudo ao meu redor vibrava em harmonia, e meu interior era o espelho dessa quietude. Lá, onde não existe peso, nem perda, eu era plena.
E mesmo naquele espaço de Luz absoluta, eu sabia que para crescer como Consciência, para expandir como essência viva, eu precisaria atravessar algo que ali não existia: a dor.
1.A Alma aprendendo com a Dor
A Alma aprendendo com a Dor, nesse instante, com o coração cheio de coragem e sabedoria espiritual, que prometi a mim mesma: Eu, como Alma, vou aprender com a dor, não fugirei dela. Não a odiarei, eu a acolhearei como uma mestra.
A indagação de porquê escolher algo tão temido, evitado e mal compreendido? E conclui que só a dor tem o poder de quebrar o Ego, abrir o coração e esculpir a Alma. Fui sentindo que enquanto a alegria nos embala, nos conforta, é a dor que nos acorda. Ela que arranca de onde estamos, nos obriga a olhar para dentro, e nos convida a repensar tudo. E essa reavaliação, esse colapso interno é onde nasce o verdadeiro despertar, quando a Alma compreende a Lição da Dor.
2.A Alma transformando a Dor
A Alma transformando a Dor, quando eu prometi que não viveria uma vida sem dor. Nesse aspecto decidi que aprenderia a dançar com ela, não como vítima, mas como aprendiz. Além disso, não permitiria que a dor me destruísse, mas que transformasse. Claro, essa promessa foi feita com a clareza de quem ainda não conhecia o peso do corpo. De quem ainda não havia sentido a dor da ausência, do abandono, da rejeição, da perda.
Lá na Luz, a dor era compreendida como um professor necessário. Aqui no plano terreno, ela se apresenta como uma faca afiada, cortando tudo o que acreditamos ser. E quando ela chegou pela primeira vez, eu me esqueci da promessa. Chorei, me revoltei, me fechei. Achei injusto, achei cruel, acreditava que DEUS tinha me esquecido, e é exatamente isso que a dor faz. Ela nos coloca diante da sensação de separação.
A Alma e a Lição da Dor, nos faz sentir que algo foi arrancado de nós, que alguma coisa está errado. E o que se aprende com o tempo, é que a dor nunca tira, ela revela. Ela revela, onde ainda existe apego. Onde ainda existe medo, onde ainda existe ilusão.
3.A Lição da Dor na Infância
A Lição da Dor na infância chegou de forma sutil, com a ausência de um olhar, com palavras duras, com o não entendimento do mundo ao meu redor. Além do mais, o questionamento era sempre porque não me amam como Eu Sou? E essa foi a primeira lição: a dor da invisibilidade.
Essa dor é silenciosa, poderosa e que me ensinou sobre o valor de me enxergar, mesmo quando o mundo não o faz. Depois vieram outras dores, mais agudas, mais cortantes. O mais difícil é a perda de pessoas queridas. Por muitas vezes, sofri com a sensação de não pertencimento, além da dor de amar e de não ser amada da mesma forma. A dor física, a de fracassar e a emocional. E também a dor de ver os outros sofrerem.
Em cada dor, percebi uma pérola escondida. E que só seria revelada, diante da escolha de não mais nos identificarmos com a dor, e sim enfrentá-la com Consciência.
4.A Lição na Jornada
Cansada de resistir durante a jornada, questionei sobre o que essa dor está tentando me mostrar? E foi aí que tudo mudou. Essa mudança me mostrou que cada dor quando escutada com o coração aberto, se transforma em sabedoria.
A dor da rejeição, me ensinou sobre o meu valor. Sendo que a solidão, me ensinou sobre a minha companhia. Já a perda, me ensinou sobre o Amor verdadeiro. E a dor da doença, me ensinou sobre presença. A dor do medo, me ensinou sobre FÉ. A dor da queda, me ensinou sobre resiliência. E a dor do fim, me ensinou sobre recomeços.
Eu entendi que as dores que mais dóem, são as que nos colocam no caminho da Alma como um despertador espiritual. Um convite a parar de correr atrás de respostas externas, e mergulhar no que está dentro. A dor me obrigou a escutar o que eu vinha ignorando. Ela grita onde eu estava muda. Ela cutuca aonde eu estava adormecida.
E quando aceitei que ela fazia parte do plano, quando parei de resitir, comecei a entender que a dor é paraxodalmente uma expressão de Amor do Universo, pela minha Expansão e também da Alma por sí mesma. Amor pelo invisível, me guiando de volta ao essencial.
5.Voltando ao essencial
Voltando ao essencial, não torna a dor mais leve. E sim, modifica completamente a forma como eu a atravesso. Compreendi que a dor não precisa ser alívio imediato. A dor precisa ser honrada, sentida, escutada e acima de tudo compreendida.
Quando vivemos uma dor com Consciência, ela não nos prende, ela nos liberta. Percebi que no centro de cada ferida, existe uma chave. Uma chave que abre uma parte da Alma que estava trancada, e essa chave só se revela quando nos permitimos descer até o fundo do poço com olhos de aprendiz e não com olhos de vítima.
6.A Dor não é um castigo
Lá embaixo, onde tudo parece escuro, é onde brilham as maiores verdades. E foi lá embaixo que encontrei a minha FORÇA. A dor me levou ao limite, sim. Me revelando quem eu era, sem máscaras. Me mostrou que eu sou mais forte que pensei. Mais COMPASSIVA, que imaginei. Mais inteira, do que supunha. A dor me despiu das ilusões e me entregou uma nova versão de mim. Mais real, mais sensível, mais humana e mais divina.
Aprendi que a dor não é um castigo e sim um chamado. E isso a fez mudar para sempre. Comecei a amar até a dor. Não no sentido de desejar sofrimento. Mas no sentido de acolher a vida com tudo o que ela traz e de parar de lutar contra o que dói. Percebi, que tudo se aprende ao caminhar com o que dói.
E o que se aprende, é o que cura e o que liberta nos devolvendo a nós mesmos.
Pergunte sempre a sua Alma o que ela está tentando lhe ensinar com isso. Talvez a resposta não venha agora. Poderá vir em sonhos, em lágrimas ou em silêncios. Porque a dor nunca vem sozinha, ela sempre carrega uma revelação. E essa revelação, pode mudar tudo.
Prometi a mim mesmo, que não fugiria da dor. E hoje posso dizer, foi ela que me aproximou de Deus. Que me fez buscar respostas além da matéria e me fez olhar para o céu e gritar. Foi ela que me fez, escrever esse diário.
A dor não é o fim, a dor é o começo, de um novo olhar, um novo caminho. Um novo Ser. E se você está doendo agora, saiba que você está despertando.